Obras selecionadas para o seminário de Design de Interação

Obra 1: "Population Theatre" de Rafael Lozano-Hemmer (2017)

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     A obra de Lozano-Hemmer ainda não foi construída, é um projeto que será prototipado futuramente no Canadá. A estrutura é formada por inúmeros monitores HD de tela plana, distribuídos em fileiras que formam uma grande estrutura semicircular. Cada monitor fornecerá mais de 2 milhões de pixels, e em conjunto formarão uma imensa tela com 7,5 bilhões de pixels, cada um representando um habitante do Canadá. A estrutura eletrônica formará, a partir da utilização de dados disponíveis online, combinações  resultantes da variação de cor e de intensidade desses vários pixels e também da interação dos visitantes localizados entre as fileiras de monitores e o centro da obra, uma vez que interferem ao desligar, acender, aumentar ou diminuir os monitores. 
   A estrutura, sem dúvidas, chama a atenção pelo seu tamanho e atrai também pelo uso da tecnologia. A interface é mais reativa, e a lógica combinatória está presente na combinação de informações e expressão delas nos pixels. Acredito que o projeto possui traços da programática e da finalística, visto que possui um "resultado" ao acaso (depende da interação entre as ações dos usuários), mas ao mesmo tempo já tem uma certa finalidade definida (captar informações para expressá-las nos pixels). Outra característica observada é que a obra acaba influenciando mais o diálogo pessoa-tecnologia do que o diálogo pessoa-pessoa.

Obra 2: "You Fade to Light" da Random International (2009)

site: http://random-international.com/work/you-fade-to-light/

Image Courtesy of rAndom International  Image Courtesy of rAndom International

   A obra do coletivo de arte e design, Random International, é constituída por uma superfície repleta de pequenos espelhos quadrados e OLEDS (lâmpadas LEDS especiais), além de sensores de movimento, formando assim uma parede espelhada com luzes reativas. Assim, a interação se dá através do movimento do usuário na frente da estrutura, e assim, ela reproduz abstratamente (apagando ou ascendendo a luz dos quadrinhos) a imagem da pessoa.
   Em relação à interface, é reativa e o "sucesso" da obra depende totalmente do usuário para acontecer. No entanto, a estrutura não abre possibilidades para novos usos, e acaba sendo bem mais causalística (ação-reação) do que programática, além de não influenciar em nada a interação pessoa-pessoa. Possui a tecnologia bem explícita, mas é possível encontrar resultado semelhante em outras obras bem menos visualmente tecnológicas. Acredito que a obra é monofuncional, além de ser real, visto que preocupa bem mais com o material e resultado em si do que com a abertura de possibilidades novas de uso aos usuários.

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